Lagartos-de-chifres são répteis da família Phrynosoma,
muitas vezes referidos como “sapos com chifres”, já que sua forma
achatada lhes dá uma aparência semelhante aos sapos. Há mais de uma
dúzia de espécies conhecidas, encontradas nos desertos e ambientes
semiáridos das Américas Central e do Norte, da Guatemala ao sul do
Canadá.
Os animais são distinguíveis pela coroa formidável de chifres que
adorna sua cabeça, além dos inúmeros espinhos em toda a sua volta. Eles
se alimentam principalmente de formigas, mas também são conhecidos por
comer gafanhotos, besouros e aranhas.
Sua coloração pode ser amarelada, cinza ou marrom-avermelhada,
dependendo do ambiente em que vivem, e combinada com a sua forma, lhes
proporciona uma camuflagem considerável.
Por conta disso, apesar de utilizarem uma grande variedade de meios
para impedir a predação, geralmente a sua primeira defesa é evitar a
detecção.
Apesar de suas características pontiagudas, os lagartos-de-chifres
são predados por uma série de criaturas, incluindo falcões, galos,
cobras, cães, lobos e coiotes. Consequentemente, além de sua camuflagem
natural, eles adaptaram outros talentos notáveis.
Se um predador se aproximar muito, eles podem tomar diversas medidas.
Por exemplo, podem correr em rajadas curtas e parar abruptamente para
confundir a acuidade visual de quem estiver lhe perseguindo.
Se isso não funcionar, eles podem inchar seus corpos para fazer com
que pareçam maiores e mais difíceis de engolir. A fim de afastar os
predadores famintos, os lagartos são capazes de inflar seus corpos até
duas vezes o seu tamanho normal, semelhante a um balão espinhoso.
E se mesmo essa ação se revelar insuficiente, pelo menos quatro
espécies de lagartos-de-chifres têm ainda mais um truque na manga: eles
podem utilizar um dos mecanismos de defesa mais bizarros do reino animal
e literalmente atirar sangue pelos olhos.
Os répteis são capazes de fazer jorrar um fluxo de sangue a partir dos cantos de seus olhos por uma distância de até um metro.
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