quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pulmões funcionais.

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Pulmões são órgãos notoriamente delicados, o que faz com que doadores utilizáveis sejam difíceis de se conseguir.
No entanto, pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) estão chegando mais perto de enfrentar a escassez de pulmões, criando-os em laboratório. 
Os cientistas usaram pulmões danificados de duas crianças que morreram em acidentes de carro. Com engenharia de tecidos, arrancaram todas as células dos pulmões e deixaram para trás apenas sua “forma”, a intrincada teia de proteínas que mantém as células no lugar.
Em seguida, revestiram esta estrutura com células pulmonares viáveis de um segundo par de pulmões, não adequados para transplante. Finalmente, os cientistas colocaram os órgãos resultantes em um banho de nutrientes durante quatro semanas, para permitir que as células crescessem e recriassem totalmente o tecido pulmonar. 
Os novos pulmões eram idênticos em aparência ao órgão real, apenas mais suaves e menos densos. Eles não chegaram a ser transplantados, mas a tecnologia poderia um dia ajudar a encurtar a lista de pessoas à espera de doadores.
Outras pesquisas já tentaram fazer o mesmo – criar pulmões em laboratório -, mas retirar todas as células de um órgão era uma tarefa que podia levar até quatro meses para ser concluída. 
Na imagem A é possível ver a estrutura antes das novas células serem incluídas. O produto final é a imagem B.
O estudo recente introduziu um dispositivo que acelerou esse processo a até três dias. Os pulmões resultantes são brancos, por causa da falta de fluxo de sangue no novo órgão.
E quando é que esses pulmões renovados vão salvar a primeira vida humana? 
Vai demorar. Embora a equipe tenha sido bem sucedida neste primeiro passo, precisa de pelo menos 10 anos de avaliações para assegurar que pessoas possam receber o órgão artificialmente criado.
A boa notícia é que os pesquisadores já planejam começar a testar os pulmões cultivados em laboratório em suínos no próximo ano. [DiscoverMagazine]


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